A Comissão Europeia adotou o Relatório sobre o Estado da União da Energia para 2021 (UE) a 26 de outubro, que faz um balanço dos progressos que a UE está a fazer para a transição para as energias limpas, e coloca Portugal no sétimo lugar no ranking (dados de 2019) no que diz respeito à utilização de fontes de energia renovável (% consumo de energia final), posicionando-se acima da média da UE.
No que diz respeito a Portugal, são ainda avançados os seguintes dados:
- Faz parte dos Estados-Membros que estão a planear ultrapassar os requisitos e a dedicar, pelo menos, 37% da sua dotação orçamental à transição climática (constatação proveniente da análise dos 22 Planos de Recuperação e Resiliência aprovados pela Comissão, até 5 de outubro de 2021);
- É um dos 20 EM que já entregou a sua Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios;
- Faz parte dos 13 EM a afirmar que pretende alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
Quase dois anos após o lançamento do Pacto Ecológico Europeu, o relatório revela que, pela primeira vez, em 2020 as fontes de energia renovável ultrapassaram os combustíveis fósseis como a principal fonte de energia na UE, com uma produção de 38% da eletricidade, em comparação com 37%.
Em comparação com 2019, as emissões de gases com efeito de estufa na UE diminuíram quase 10% em 2020, resultantes da pandemia de COVID-19, o que levou a uma redução global das emissões para 31%, em comparação com o ano de 1990.
As tendências são positivas, mas serão necessários continuar a conjugar esforços para atingir o objetivo fixado a 2030 de redução das emissões líquidas em, pelo menos, 55% e o alcance da neutralidade carbónica até 2050.