Em outubro de 2025, o sistema energético português registou um aumento da dependência das importações de eletricidade e uma forte subida do consumo de gás natural destinado à produção elétrica.
O consumo de eletricidade registou um acréscimo de 1,2% face ao mesmo mês do ano anterior, refletindo maior atividade económica e condições meteorológicas menos favoráveis à produção renovável.
As energias renováveis abasteceram 50% do consumo de eletricidade, as não renováveis 18% e o saldo importador foi de 32%. O saldo importador registou o maior valor deste ano, representando quase um terço do consumo de energia consumida neste mês.
Por outro lado, as energias renováveis representaram o valor percentual mais baixo desde setembro de 2023. Segundo a REN, a produção renovável teve a seguinte repartição: eólica 21,3%, hídrica 12,3%, solar fotovoltaico 11,1%, e a biomassa 5,4%.
Consulte aqui o boletim do consumo de eletricidade do Observatório da Energia, da ADENE.
Já o consumo de gás natural aumentou 18,0%, impulsionado sobretudo por um crescimento de 121,7% no uso para produção de eletricidade, o que evidencia o papel de compensação das centrais a gás num contexto de menor disponibilidade de energia renovável.
O mercado elétrico, que corresponde ao gás natural consumido nas centrais de ciclo combinado para a produção de eletricidade, representou 35,1%. Os restantes 64,9% são referentes ao mercado convencional, cujo consumo desceu 5,8% face a outubro 2024.
No que respeita ao fornecimento de gás natural, os EUA representaram 48,3% do total, a Nigéria 43,7% e Espanha 8%.
Consulte aqui o boletim do consumo de gás natural do Observatório da Energia.