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ANTICSS combate desinformação sobre produtos com etiqueta energética

ANTICCS

A legislação europeia sobre Eco-design e Etiquetagem Energética constitui um enquadramento legal e normativo de importância relevante, tendo em vista os objetivos de ação e proteção climática no continente europeu, e visa apoiar o consumidor na seleção de produtos energeticamente mais eficientes. No entanto, a Comissão Europeia estima que 10% do potencial de poupança é perdido, pois um quarto dos produtos no mercado não cumpre as regras definidas nos regulamentos. (ver relatório do Tribunal de Contas Europeu)

Neste contexto, o projeto H2020 ANTICSS atua na defesa dos interesses dos consumidores de produtos eletrodomésticos, pelo combate à “desinformação” neste setor, através do estudo e identificação de algumas das práticas menos éticas utilizadas por alguns fornecedores deste tipo de equipamentos, que “mascararam” os resultados dos ensaios obrigatórios a que os produtos são sujeitos, desvirtuando assim a livre concorrência no mercado europeu, que se pretende justa e equilibrada.

Tratam-se de práticas, conhecidas como “de circunvenção”. Na mais comum, o produto deteta automaticamente a situação de teste de conformidade e de imediato, otimiza ou reduz o consumo de energia. Outras formas de circunvenção, caracterizam-se igualmente pelos seus impactos negativos para o consumidor, como aquela em que se acionam pré-definições ou se realiza programação manual que torna o produto mais eficiente durante um teste de conformidade, ou aquela em que se realiza a programação do produto para um melhor desempenho energético, apenas num número pré-definido de vezes.

Tendo já identificado um conjunto de práticas de circunvenção, por métodos experimentais, o consórcio ANTICSS trabalha agora nos ensaios laboratoriais de 18 produtos, com vista à definição de procedimentos de ensaio alternativos, que detetem e eliminem estas práticas.

Kathrin Graulich, a coordenadora deste projeto europeu, deu recentemente uma entrevista, onde é possível saber mais sobre estas práticas, bem como perceber as linhas de atuação que o ANTICSS coloca em prática para as inviabilizar.

Pode encontrar mais informação sobre este projeto no site ADENE.