ADENE aposta na cooperação com Moçambique através de soluções locais e parcerias globais

“O futuro das empresas mede-se não só pelo que produzem, mas pelo que reduzem, regeneram e partilham. O verdadeiro ativo do século XXI é a confiança entre quem regula, quem investe e quem inova.” A afirmação é de Nelson Lage, Presidente da ADENE, que participou no painel “Sustainable Business” da conferência LEX Africa, realizada esta quinta-feira, 16 de outubro de 2025, em Maputo, Moçambique.

O Presidente da ADENE sublinhou que falar de energia é, hoje, falar de segurança económica, competitividade, justiça social e confiança nas regras que orientam o investimento. Defendeu que “a transição energética deixou de ser apenas um objetivo ambiental para se afirmar como um movimento económico e estratégico à escala global” e que tem implicações diretas no desenvolvimento sustentável e na soberania energética dos países.

Nelson Lage destacou, no LEX Africa, a importância da cooperação da ADENE com os países africanos de língua portuguesa, centrada na capacitação técnica, literacia e formação, bem como através de projetos de proximidade. Um dos exemplos mais recentes é a assinatura, ontem, de um protocolo de cooperação com a Universidade Eduardo Mondlane, que dará origem à “Rota da Energia PALOP”. Esta iniciativa insere-se numa visão mais ampla de colaboração entre Portugal e Moçambique que, nas palavras do Presidente da ADENE, “estão a construir juntos uma nova geografia de cooperação sustentável, onde as energias renováveis e os mercados de carbono criam valor, impacto e futuro.”

Esta visão estratégica ganhou expressão concreta esta sexta-feira, com a realização de duas reuniões em Maputo, em que a delegação da ADENE ficou a conhecer o programa BRILHO, dedicado à energia fora-da-rede, e reuniu com representantes da Girl Move Academy, explorando futuras parcerias no âmbito da formação, capacitação e projetos de proximidade. Estas iniciativas visam aproximar soluções de eficiência energética e hídrica do quotidiano das pessoas, acelerando competências locais, apoiando soluções limpas e acessíveis e mobilizando redes académicas e comunitárias para uma transição mais justa e inclusiva.