Portugal inaugura Mercado Voluntário de Carbono e lança plataforma nacional para créditos de carbono

Ferramenta digital desenvolvida pela ADENE garante transparência, rastreabilidade e credibilidade na compensação voluntária de emissões.

Foi oficialmente inaugurado hoje o Mercado Voluntário de Carbono (MVC), um novo instrumento ao serviço da ação climática, que permite a empresas, organizações e cidadãos compensar voluntariamente as suas emissões de gases com efeito de estufa, investindo em projetos que reduzem ou sequestram carbono em Portugal.

A nova plataforma, iniciativa da Agência para o Clima, I.P., (ApC) e da ADENE – Agência para a Energia, disponível em www.mvcarbono.pt, vai permitir o registo de promotores de projetos, verificadores e compradores de créditos, bem como o registo, transação e cancelamento de créditos de carbono gerados em território nacional, assegurando a transparência, a rastreabilidade e a integridade ambiental, fundamentais para o sucesso da iniciativa.

Com o Mercado Voluntário de Carbono será possível o investimento em projetos que geram benefícios ambientais e territoriais duradouros, contribuindo de forma direta para os objetivos nacionais de descarbonização. Pretende ser inclusivo e acessível, estando aberto a todas as empresas, autarquias, organizações e cidadãos que pretendam apoiar a ação climática. Os créditos de carbono podem ser adquiridos não apenas para compensar emissões difíceis de reduzir, mas também como forma de contribuição a favor da ação climática.

Para Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia, que encerrou a sessão no Instituto Superior de Agronomia, o Mercado Voluntário de Carbono é um instrumento que pretende dar a confiança necessária para que cidadãos e empresas invistam em projetos de sequestro e redução de emissões, assegurando transparência e impacto positivo para o país.

A sessão pública de lançamento contou ainda com a presença de Nelson Lage, Presidente, Ana Paula Rodrigues, Vice-presidente e Hélder Rodrigues, Coordenador de Mobilidade da ADENE, assim como Ana Teresa Perez, Presidente e Paulo Lourenço, Chefe de Divisão de Políticas de Mitigação da ApC, e António Guerreiro de Brito do Instituto Superior de Agronomia. Vários especialistas do setor, Ana Silveira, Diretora de Relações Institucionais da Galp, Nuno Sequeira, Vogal do Conselho Diretivo do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Paulo Canaveira, Consultor e Perito do Instituto Superior Técnico, Rui Santos, Professor na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e Susana Brígido, Sócia e Diretora-Geral da 2BForest, juntaram-se neste momento que foi um marco na política climática nacional e que reforça o papel de Portugal com a neutralidade climática, ao ser dos primeiros a desenvolver um mercado nacional de carbono.

Pode ver ou rever a sessão no canal de YouTube do Ministério do Ambiente e Energia.