Page 136 - 2018-11-05 - Relatório Trimestral 2ºT 2018 VF_REV Abr2019
P. 136

ADENE - Agência para a Energia
                      ADENE - Agência para a Energia
                                                                                                  ADENE - Agência para a Energia
                                                                        ADENE - Agência para a Energia
 ADENE - Agência para a Energia






                                                                                                  ADENE - Agência para a Energia
                                                                        ADENE - Agência para a Energia
                      ADENE - Agência para a Energia
                                               ADENE - Agência para a Energia
 ADENE - Agência para a Energia  incluindo  a  dívida  resultante  do  financiamento  das  entidades  públicas
               reclassificadas — que neste caso não existe, visto que a ADENE dispõe de receitas

               próprias  apartadas  de  qualquer  transferência  por  parte  do  Estado  —  bem  se  vê  a
               inadequação  deste  regime  à  realidade  da  ADENE.  Estar-se-ia  a  entregar  a  um  dos
               seus associados, para seu benefício exclusivo, a totalidade das disponibilidades desta

               associação  privada  sem  fins  lucrativos,  o  que  parece  ser  impedido  pela  própria

               natureza da ADENE, nos termos do artigo 157.º do Código Civil.

                      18.  Sem prejuízo, ainda que se considerasse correta a classificação da ADENE

               a  que  procedeu  o  INE  (enquanto  entidade  não  mercantil  controlada  pelas

               Administrações  Públicas),  sempre  haveria  de  dever  questionar-se  se  a  ADENE  se
               subsume na categoria dos serviços e fundos autónomos da Administração Central, em que
 ADENE - Agência para a Energia  foi incluída pela INE (com fundamento numa putativa função regulatória) ou na de
                                                                        ADENE - Agência para a Energia
                                                                                                  ADENE - Agência para a Energia
                                               ADENE - Agência para a Energia
                      ADENE - Agência para a Energia
               Instituições sem Fins lucrativos da Administração Central.

                      19.  Os  serviços  e  fundos  autónomos  surgiam  definidos  na  LEO  (2001),  como
               sendo as entidades que reunissem um conjunto de requisitos, a saber: (i) não ter a

               natureza  e  forma  de  empresa,  fundação  ou  associação  públicas,  mesmo  se

               submetidos  ao  regime  de  qualquer  destas  por  outro  diploma,  (ii)  ter  autonomia
               administrativa e financeira; (iii) dispor de receitas próprias para cobertura das suas
               despesas.

                      “A exclusão das empresas públicas prende-se com a intenção de apartar a atividade

               mercantil do Estado da atividade administrativa, (…) deixando que a atividade empresarial
               possa reger-se, no contexto da independência orçamental, pelas regras privadas do mercado.
                                                                                                  ADENE - Agência para a Energia
 ADENE - Agência para a Energia  se ao facto de apenas se incluir no Orçamento do Estado a previsão de receitas e despesas dos
                      ADENE - Agência para a Energia
                                                                        ADENE - Agência para a Energia
                                               ADENE - Agência para a Energia
                      A exclusão das associações públicas do âmbito dos serviços e fundos autónomos deve-
               organismos e serviços do Estado com substrato material e não associativo. Constituindo as
               associações  públicas  grupos  de  pessoas  que  «se  agrupam  para  prosseguirem  os  seus  fins

               próprios»,  devem  elas  próprias  conduzir  a  gestão  dos  seus  bens  ou,  como  diz  FREITAS  DO










                                                                                                   27/44
   131   132   133   134   135   136   137   138   139   140   141