Page 22 - Plano de Atividades e Orçamento (PAO) 2025
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dados  os  desenvolvimentos  orçamentais  e  macroeconómicos  mais  favoráveis.
               Recorda-se que a redução da inflação é essencial para o aumento do poder de compra
               das famílias e do setor empresarial. No horizonte 2024-2026, esta evolução beneficia
               da dissipação dos efeitos indiretos de choques passados, nomeadamente nos preços
               da energia, bem como da desaceleração projetada para os custos unitários do trabalho
               e de um crescimento mais moderado da margem bruta de exploração das empresas.
               Em  2025-2026,  estes  fatores  são  compensados  por  um  aumento  do  deflator  das
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               importações. O Banco de Portugal  estima que a inflação deverá diminuir para taxas
               próximas de 2% no início de 2025, mantendo-se depois estável, sendo expectável que
               a descida da inflação e as taxas de juros mais elevadas criem incentivos à poupança.

               Relativamente ao acompanhamento das medidas relativas à inflação e à energia e da
               resiliência energética da UE em setores económicos essenciais , o Comité Económico
                                                                                 11
               e Social Europeu observa que os governos devem incentivar a aplicação de medidas
               de poupança e eficiência energética nas empresas e nas famílias, que permitam reduzir
               de  forma  permanente  a  procura  de  energia,  bem  como  expandir  as  energias
               renováveis.  A  UE  e  os  Estados-Membro  precisam  de  avançar  com  as  alterações
               propostas no plano REPowerEU para simplificar e acelerar a concessão de licenças para
               a  instalação  de  infraestruturas  de  energias  renováveis,  devendo  para  tal  estudar
               formas de permitir que o preço pago pela energia excedentária introduzida na rede
               seja  utilizado  em  investimentos  viáveis  para  maximizar  a  capacidade  de  produzir
               energia renovável e partilhá-la quando exceder as necessidades de consumo próprio.
               A reconfiguração do mercado da energia deverá constar da agenda a longo-prazo da
               Comissão Europeia, a fim de evitar futuras perturbações no abastecimento energético
               e preços excessivos.

               Importa  igualmente  analisar  o  desempenho  nacional,  em  2022,  relativamente  aos
               principais indicadores e metas para 2030 na área de energia, apresentados na Tabela
               2. Destaca-se que em 2022 foi superada a meta para 2030 de redução do consumo
               de energia primária (35,6% em 2022, sendo a meta de 35% em 2030) e a meta
               indicativa para 2024 de incorporação de renováveis no consumo final bruto de energia
               (34,7% em 2022, sendo a meta indicativa de 34% em 2024).































               11  Parecer do Comité Económico e Social Europeu 2023/C 349/03, de setembro de 2023



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