Page 21 - Plano de Atividades e Orçamento (PAO) 2025
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decresceu  2,4%,  os  restantes  setores  apresentaram  variações  anuais  positivas,
               destacando-se  os  setores  do  comércio,  alojamento  e  restauração  (5,3%)  e  dos
               transportes,  atividades  de  informação  e  comunicação  (5,8%).  Todos  os  setores
               desaceleraram o seu ritmo de crescimento face a 2022, com exceção do setor da
                                                                            7
               construção cujo ritmo de crescimento estagnou em 1,5%.





















                                          Fonte dados: Instituto Nacional de Estatística (INE)
                                                                                                 7
                       Figura 1 – VAB por sector em Portugal – taxa de variação homóloga (%)
               Os  principais  indicadores  relativos  à  evolução  do  setor  da  construção  no  primeiro
               trimestre  de  2024   demostram  que  se  assiste  a  um  incremento  da  maioria  dos
                                    8
               indicadores relativos à atividade. Ao nível da área licenciada pelas autarquias, nos
               primeiros  dois  meses  de  2024,  registaram-se  variações  de  -8%  nos  edifícios
               habitacionais,  e  de  -21,5%  nos  edifícios  não  residenciais,  em  termos  homólogos.
               Relativamente ao licenciamento de fogos em construções novas verificou-se, neste
               mesmo período, uma redução de 12,4%, em termos homólogos, para um total de
               4.811 habitações. O consumo de cimento no mercado nacional registou um aumento
               de 2,1%, no primeiro trimestre de 2024, relativo ao período homólogo.

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               Perspetiva-se que a iniciativa “Vaga de Renovação”  da UE e o enquadramento da
               estratégia  de  renovação  energética  de  edifícios  no  PRR,  acompanhados  pelos
               incentivos  financeiros  respetivos,  possam  trazer  um  impacto  positivo  acrescido  ao
               setor da construção através da renovação energética. Adicionalmente, em maio de
                                                 10
               2024 foi publicada a nova EPBD  relativa ao desempenho energético dos edifícios que
               promove a melhoria do desempenho energético e a redução das emissões de GEE dos
               edifícios, com o propósito de alcançar um parque imobiliário com emissões nulas até
               2050. Esta nova diretiva representa o reforço da ambição da UE em matéria de clima
               e energia impõe uma nova visão para os edifícios, na qual estes são edifícios com
               emissões nulas, com necessidades residuais de energia, emissões nulas de carbono
               provenientes de combustíveis fósseis no local e emissões operacionais de GEE nulas
               ou muito reduzidas. Todos os edifícios novos deverão ser edifícios com emissões nulas
               até  2030  e  os  edifícios  existentes  deverão  ser  transformados  em  edifícios  com
               emissões nulas até 2050.

               As recentes decisões de política monetária em resposta à subida da inflação implicaram
               um aumento das despesas com juros, embora em menor medida do que na zona euro,



               7  Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE), Boletim Trimestral da Economia Portuguesa, abril 2024 (gee.gov.pt)
               8  Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Conjuntura da Construção, abril 2024 (aiccopn.pt)
               9  European Commission, Renovation Wave (europa.eu)
               10  Diretiva (UE) 2024/1275 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de abril de 2024



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