Page 54 - Plano de Atividades e Orçamento (PAO) 2025
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7. ANÁLISE SITUACIONAL

               O  exercício  de  planeamento  estratégico  subjacente  ao  presente  PAO  assentou
               numa  reflexão  crítica  sobre  o  ambiente  interno  e  externo,  procurando-se
               identificar pontos fortes e menos fortes da ADENE, bem como oportunidades e
               ameaças ao cumprimento da missão desta Agência.

               Ao nível do ambiente interno, importa destacar como pontos fortes a manter e
               potenciar, o nível de qualificação do corpo técnico da ADENE, a vasta experiência
               e conhecimento do mesmo, complementada pela dinâmica e predisposição para a
               inovação, adaptação e resiliência face a novos desafios.

               Ao conhecimento técnico e à vertente empreendedora alia-se, como ponto forte,
               o vasto conjunto de dados existentes na ADENE, em particular, no domínio do
               desempenho energético de edifícios e do consumo intensivo de energia, de grande
               valor e importância para sustentar a capacidade de análise e de apoio à decisão
               no âmbito das políticas públicas.

               Para além do “saber como fazer, inovando”, é de destacar a forte capacidade de
               concretização,  viabilizada  por  uma  situação  financeira  estável,  complementada
               pela capacidade de aproveitamento de oportunidades de financiamento externo e
               por meios de suporte  administrativo, logístico e tecnológico  que se  pretendem
               cada vez mais robustos.
               De salientar ainda, a vasta rede de entidades nacionais e internacionais com que
               a  ADENE  se  relaciona  numa  lógica  colaborativa:  do  setor  público  ao  privado,
               incluindo  congéneres,  representantes  dos  cidadãos,  de  setores  profissionais  e
               associativos academia e entidades do meio científico, empresas e organismos da
               AP, entre outras.

               Esta  conjugação  de  fatores  tem  resultado  na  prossecução  de  um  trabalho  de
               qualidade nas várias áreas de intervenção desta Agência e numa resposta ágil e
               eficaz  aos  desafios  de  uma  política  pública  exigente  e  em  transição  para  uma
               economia descarbonizada, justa, sustentável e digitalizada.

               Ainda  assim,  identificam-se  como  pontos  de  melhoria,  que  potencie  a
               articulação  orgânica  e  uma  visão  integrada,  ao  nível  do  ambiente  interno  a
               necessidade contínua de simplificação, uniformização e digitalização de processos,
               de práticas de gestão e controlo, de mecanismos robustos de gestão de qualidade
               dos dados e da sua valorização em prol do conhecimento. Importa ainda reforçar
               uma comunicação fluída com os cidadãos, prosseguindo o interesse público.
               No que se refere ao ambiente externo, surge como ameaça a situação originada
               pela  crise  geopolítica  e  energética  global  que  tem  impactos  diretos  no  tecido
               económico e social e nos modos exigentes de readaptação às necessidades atuais.
               Importa  ainda  referir  que  instabilidades  políticas  globais,  poderão  afetar  a
               cooperação internacional em questões críticas como a gestão da crise climática e
               do setor energético, dificultando a implementação de acordos multilaterais e o
               alcance de metas já definidas. No contexto europeu, alterações políticas podem
               levar a divergências nas políticas da UE, impactando a coesão e a eficácia das
               decisões comunitárias.





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