Page 13 - adene-rac-2017

ADENE - Agência para a Energia

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o país, gerou impactos económicos, ambientais e sociais em todos os setores. Estes impactos evidenciaram
também a forte ligação e interdependência entre água e energia. Devido à seca de 2017, Portugal registou:
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ADENE - Agência para a Energia 2017, face ao período homólogo de 2016, como consequência da descida em mais de 50% da produção
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• Redução da produção de energia a partir de fontes renováveis (FER): descida de 30% até setembro de
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hidroelétrica ;
• Aumento da dependência do exterior em matéria de energia: a compensação da falta de energia
hidroelétrica com recurso ao funcionamento das centrais de ciclo combinado traduziu-se num aumento
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recorde do consumo de gás natural pelo nosso país ;
• Aumento das emissões de CO2 com a produção de eletricidade, devido ao maior recurso a combustíveis
fósseis: as emissões, entre janeiro e setembro de 2017, atingiram as 24 milhões de toneladas de CO2,
representando um aumento de 5,7 milhões de toneladas de CO2 emitidas (mais 31%) em relação ao
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mesmo período de 2016 .
Adicionalmente, a ineficiência do uso da água traduz-se em custos ambientais, energéticos e económicos,
em todos os setores, incluindo nos edifícios e na administração pública, em particular no ciclo urbano da
água, e também em oportunidades, nos quais Portugal e a Comissão Europeia (CE) estão a apostar:
• Nos edifícios, a nível nacional e da UE, é estimado um potencial de poupança hídrica de 30%, que pode
ser aproveitado numa altura de recuperação do setor da construção e reabilitação urbana.
Considerando também o consumo de energia para o aquecimento de águas sanitárias, estimam-se hoje
economias potenciais de 51% nos consumos de água e energia em edifícios.
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ADENE - Agência para a Energia • Em Portugal, os custos das famílias com habitação, água, eletricidade e gás ultrapassa os 30% dos custos
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mensais e anuais totais das famílias . Assim, a promoção da eficiência hídrica e energética permitirá
reduzir uma fatia significativa das despesas das famílias.
• Com base nestas oportunidades, a nível nacional prevê-se que entre em vigor, em 2018, um novo
Decreto Regulamentar para as redes prediais, com requisitos de eficiência hídrica nos edifícios,
decorrendo também outras iniciativas governamentais para o incentivo a medidas de eficiência hídrica
nos edifícios e promoção da reutilização das águas residuais tratadas;
• A nível europeu, estão em curso esforços na CE para a promoção de padrões de eficiência para produtos
e sistemas de eficiência hídrica em edifícios (com a discussão em curso de sistemas de rotulagem de
eficiência hídrica para torneiras e chuveiros) e para a definição de indicadores de desempenho
ambiental dos edifícios, que incluem o uso eficiente da água.
• Também a nível europeu, com reflexo já na adesão de cidades nacionais (Lisboa e Porto), está em
desenvolvimento a Urban Water Agenda 2030, criando para a eficiência hídrica e gestão da água nas
cidades um nível de compromisso similar ao que foi suscitado com o Pacto de Autarcas para as áreas da
Energia e Clima.

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3 Fonte: Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), outubro de 2017
4 Fonte: Redes Energéticas Nacionais (REN), outubro de 2017
5 Fonte: Quercus, outubro de 2017
6 Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE), julho 2017

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