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3 Perguntas a...

Joana Fernandes

Coordenadora Departamento Projetos Técnicos

07.03.2022

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min. de leitura

1 – O que representa a etiqueta energética para os consumidores? A etiqueta energética é uma ferramenta simples de apoio à decisão do consumidor no momento de adquirir novos equipamentos, essencialmente eletrodomésticos. Permite de uma forma muito clara comparar produtos de uma mesma categoria, focando a classe energética do produto. Desta forma é fácil para o consumidor identificar os produtos energeticamente mais eficientes e optar pela aquisição dos mesmos caso lhe seja financeiramente possível.   2- Os consumidores sabem ler e interpretar as diferentes etiquetas energéticas? A informação base sim, ou seja, uma vez que a escala tem vários elementos a concorrer para a identificação da classe mais eficiente (escala de cores, letras do alfabeto e forma piramidal), o essencial da etiqueta que é a identificação da classe do produto é a informação que o consumidor retém. Há depois informação complementar, identificada por pictogramas, que pode ser de menos fácil compreensão, é o caso do consumo energético por ano ou por ciclo de utilização do produto, a capacidade do mesmo, o nível de ruído, entre outros. Adicionalmente, e um dos factores que mais motivou a revisão e reescalonamento da etiqueta, é a difícil percepção da mais valia entre classes, em particular nas classes +, ++ e +++. O regressar à escala de A a G visou precisamente tornar a mensagem mais simples e assumir que o A é único.   3 – Será que todos temos conhecimento dos nossos direitos enquanto consumidores? Claramente não. Falta muita literacia de consumo e conhecimento do que são os direitos e instrumentos disponíveis aos consumidores para reclamarem os seus direitos e resolveram eventuais conflitos que possam surgir. Os direitos do consumidor estão consagrados no artigo 60º da Constituição da República Portuguesa e contempla direitos como o direito à qualidade dos bens e serviços, à protecçaõ da saúde e da segurança física, à formação e edução para o consumo, entre outros. Neste sector a Direção Geral do Consumidor desempenha um papel essencial no apoio ao consumidor, que se materializa nos vários gabinetes de apoio ao consumidor disponíveis por todo o país nomeadamente através dos CIACs – Centros de Informação Autárquico ao Consumidor.  

S

Sobre o entrevistado

Licenciada em Engenheira do Ambiente (2005) pelo Instituto Superior Técnico onde também concluiu o Mestrado em Engenharia e Gestão de Tecnologia (2009). Concluiu uma pós graduação em Energia e Eficiência Energética em 2009 no ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade e o Programa de Contabilidade e Finanças para Executivos na Universidade Católica de Lisboa em Julho de 2014. Em 2015 concluiu o ano curricular do Programa de Doutoramento em Sistemas Sustentáveis de Energia na Universidade de Lisboa, no âmbito do programa de cooperação MIT Portugal. Em 2018 concluiu a formação de Especialização em Avaliação de Políticas Públicas pelo ISEG.
Gestora de projetos na área da Energia com mais de 15 anos de experiência profissional. Competências de gestão de projetos nas áreas de planeamento urbano, comunidades e cidades inteligentes, eficiência energética e energias renováveis. Experiente nas áreas de políticas públicas de energia, definição estratégica e gestão de projetos Nacionais e Europeus, nomeadamente no âmbito dos programas de cooperação da Comissão Europeia, nas áreas de eficiência energética e mudanças comportamentais, planeamento e gestão urbana, cidades inteligentes e novos modelos de negócio para exploração e gestão de medidas de eficiência energética e aproveitamento de energias renováveis.

A ADENE é a agência nacional para a energia, com uma missão centrada nas pessoas e a ambição de reforçar o posicionamento de Portugal na descarbonização, é um parceiro ativo da transição energética, fortalecendo parcerias, dinamizando a política pública e estando mais próximo dos cidadãos. Com toda a energia!

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