- Como funciona o sistema offshore flutuante?
O sistema flutuante é uma tecnologia muito inovadora no segmento offshore: permite o acesso a áreas marinhas com maiores recursos eólicos e assegura a produção de energia em regiões onde a profundidade das águas próximas da costa não permite a utilização de tecnologias convencionais.
O recurso a esta tecnologia permite ainda que a instalação das turbinas se faça em ambiente portuário, em vez de ser em alto mar. Desta forma, é possível alcançar uma solução economicamente eficiente e reduzir o impacto ambiental da instalação do parque eólico em comparação com os parques offshore tradicionais.
O grupo EDP é pioneiro nesta tecnologia com o projeto WindFloat Atlantic, localizado ao largo da costa de Viana do Castelo, em Portugal. Como tal, a EDP tem agora um conhecimento privilegiado do mercado offshore flutuante e está em posição de dar novos e sólidos passos nesta área, ao lado de outros operadores cuja existência assegura uma concorrência necessária para o crescimento do mercado.
- Como é que este projeto já contribuiu para a transição energética?
Até agora, o WindFloat Atlantic – que tem uma capacidade instalada de 25 MW – tem tido um desempenho muito positivo com elevados níveis de produção. Em menos de dois anos após a entrada em operação, o projeto registou uma produção total acumulada de 131 GWh, atingindo os valores que tinham sido projetados. Além disso, a energia produzida até agora é suficiente para abastecer mais de 100 mil habitantes e evitou a emissão de mais 58 mil toneladas de CO2. Ao longo da vida útil do projeto, estima-se que será evitada cerca de um milhão de toneladas em emissões.
- Qual é o futuro das energias renováveis offshore?
O segmento offshore é estratégico para cumprir os objetivos de descarbonização e para trazer valor acrescentado para a economia e, na EDP, estamos convictos disso. Os recursos marinhos têm um elevado potencial para gerar energia limpa e promover o desenvolvimento económico sustentável em benefício das pessoas e comunidades, bem como contribuir para a descarbonização do planeta, minimizando o impacto nos ecossistemas marinhos e produzindo energia sustentável.
As energias renováveis offshore continuarão a crescer e a ganhar força, dado o seu elevado potencial. Para tal, a cooperação entre empresas, autoridades competentes, entidades sociais públicas e outros colaboradores é fundamental.
Em Portugal, concretamente, devido à sua localização geográfica e ao seu caráter pioneiro em matéria de energias renováveis, a energia offshore representa uma grande oportunidade para o país atrair investimento e impulsionar a sua economia, ao mesmo tempo que contribui para a produção de energia limpa.